quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Maus tratos e negligência médica no Linhó

O recluso Pedro Miguel Azevedo Monteiro encontra-se preso na cadeia do Linhó. Sofreu um atropelamento de comboio que o deixou politraumatizado. Sofre de um calcanhar com muito mau aspecto (tem um buraco) e que necessita de intervenção urgente para evitar a amputação. As idas ao hospital prisional e as tentativas da família de saber quais sejam as intenções dos serviços prisionais para resolver o problema têm sido inconclusivas e dilatórias. Do hospital dizem para esperar, da prisão dizem que não podem fazer nada. O recluso e a família lembraram-se de recorrer à ACED para denunciar o caso e poder ter esperança de que o pé não venha a ser amputado. Reclamam atendimento médico qualificado, em tempo útil.

Recentemente, há uma semana atrás, numa segunda rusga ocorrido nos últimos dias à cela do recluso em causa, os guardas decidiram algemá-lo e deixá-lo no chão durante meia hora.
Ocorre que acabaram os medicamentos que estava a tomar sem substituição e as dores no pé são muito fortes. Quando os guardas entraram o recluso estava deitado e explicou que estava cheio de dores e pediu para o pouparem aos movimentos. Perante a situação (cujo nível de insistência por parte do recluso não temos informação), os guardas tomaram-no à força obrigando um braço que não tem movimento (e que é manifestamente conhecido de todos e evidente a quem manipule o braço) a ficar preso por uma algema ao outro braço, forçando a um esforço e dor despropositados e cuja eficácia para a segurança não é nenhuma.

A ACED espera que o Estado português cumpra as suas obrigações de perseguição da tortura, como está legalmente obrigado.

Sem comentários:

Enviar um comentário