O recluso Leonel Ferreira Areias encontra-se preso na cadeia da Carregueira. Foi chamado a depor como testemunha no caso originado pela queixa de Hugo Santos. Tentou queixar-se ao Ministério Público de ele próprio ter sido vítima de maus tratos no mesmo dia e no encadeamento dos mesmos processos de trabalho, se assim podemos chamar. Foi-lhe dito para produzir queixa que possa informar novo processo, desta vez tendo como centro de inquirição as violências contra si perpetradas na altura. Também a ele lhe bateram, contra ele usaram um escudo esmagando-o com ele, usaram gás pimenta.
Não só desse episódio, de que apenas conseguiu contar telefonicamente alguns trechos soltos, se fazem os maus tratos. Referiu-se à existência de uma perseguição contra si por parte de guardas, o que já mereceu uma exposição à direcção da cadeia, sem resposta até à altura em que connosco comunicou. É sua intenção provocar uma audição sobre esta queixa que apresentou à ACED.
A ACED espera que o Estado português cumpra as suas obrigações de perseguição da tortura, a que está legalmente obrigado.
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