segunda-feira, 4 de abril de 2011

Perseguição no hospital prisional?

Pedro Miguel Azevedo Monteiro foi operado a um pé dia 17 de Março. Mantém-se em convalescença no Hospital prisional, para onde foi depois de se queixar de maus tratos e negligência no tratamento dos seus problemas de saúde na cadeia onde estava.
Queixa-se agora de discriminação e maus tratos no Hospital. Teme que isso possa estar ligado à queixa que fez anteriormente e levou as autoridades a remeterem-no para ser operado no hospital. Cada preso tem direito a um telefonema dia. Quando há oportunidade, todavia, é facilitado que alguns presos façam mais do que um telefonema. No seu caso essa facilidade é sistematicamente negada. Pior do que isso: na última sexta-feira foi o último a usar o telefone. Quando chegou a hora do meio-dia e foi avisado pelo guarda que se tinha esgotado o tempo concedido pela prisão para aquela actividade, pediu para se despedir da avó com quem estava a falar mas o telefonema foi interrompido pelo guarda de serviço. Isso causou grande preocupação na avó, pois já anteriormente o neto tinha sido alvo de maus tratos graves, descritos em outras denúncias promovidas pela ACED.


Noutra ocasião, também junto do telefone, o guarda que estava próximo atirou a cadeira de rodas, onde Pedro Miguel está por causa da operação, contra a parede. Com o pé que não foi operado conseguiu evitar o pior. E, para completar, foi alvo de uma participação do seu agressor à chefia de guardas.

Queixa-se também de violência psicológica, quando um guarda comentou alto (para que ouvisse) a respeito da visita da avó com a namorada: disse que na visita a avó tinha estado a ajudar o neto a f… a namorada. Mais do que uma piada ordinária, tratou-se de uma forma de amesquinhar a condição geral do doente e a sua fragilidade psicológica – ele já se tentou suicidar.

Pedem-se as averiguações que as autoridades entenderem necessárias.

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